domingo, 25 de novembro de 2012

Especial Assassin's Creed - Parte 3

Livro  "Assassin's Creed: Renascença"




“Vou buscar vingança sobre todos aqueles que traíram minha família. Eu sou Ezio Auditore de Florença. Eu sou um Assassino...”

     
     Neste post, o ultimo deste especial sobre Assassin's Creed,  falarei sobre este livro que acabo de ler. Confiram:


     Assassin’s Creed: Renascença é o primeiro livro adaptado da série de jogos Assassin’s Creed, feito pelas mãos de Oliver Bowden (escritor e historiador Renascentista). Com certeza um ato corajoso e ousado; pois sempre é um desafio passar algo de uma mídia (neste caso os videogames) para outra completamente diferente (os livros). É sem duvida um trabalho complicado passar as informações apresentadas no jogo, que se utiliza de recursos audiovisuais para inserir o jogador na ambientação da Itália Renascentista. Descrever locais, personalidades e acontecimentos é algo necessário para se conquistar os leitores.

     Seguimos a vida e história de Ezio Auditore, jovem nobre de Florença e seguimos os acontecimentos ocorridos durante o segundo jogo da série. Após ver seu pai e seus irmãos sendo enforcados, acusados de traição, Ezio embarca numa jornada de vingança contra aqueles que os traíram. Logo ele descobre que tudo na realidade era uma grande conspiração dos temíveis Templários, inimigos eternos dos Assassinos; uma ordem antiga de protetores da liberdade. Ordem essa que seu pai e seu irmão mais velho pertenciam.

     Com a ajuda de seu tio Mário e figuras importantes como Lorenzo de Médici, Leonardo da Vinci e Nicolau Maquiavel, o jovem Assassino vai usar toda sua pericia, habilidade, força e dedicação para lutar contra todos os tiranos opressores da Itália; para então enfrentar o arquiteto de toda a conspiração feita para matar sua família: Rodrigo Bórgia, O Espanhol; líder da Ordem dos Templários, mais tarde conhecido como Papa Alexandre VI.

     O livro me agradou bastante como jogador da série Assassin’s Creed. Ele nos coloca a par dos acontecimentos políticos da Itália Renascentista de forma muito interessante e boa, apesar de não tão profunda. Alguns acontecimentos são bem fiéis ao jogo e, apesar de ser claro a inexperiência de Bowden, ele consegue mostrar a evolução do personagem principal de forma crescente e muito boa. É sempre um prazer quando Ezio vai ao encontro do grande inventor Leonardo da Vinci; e esperar para ver com qual nova arma ele será presenteado.

     O bom é que esse livro não se prende inteiramente ao jogo, pois apresenta fatos interessantes; como, por exemplo, a homossexualidade de da Vinci; controvérsias da família Médici além de muitas outras coisas.

     No entanto o livro peca em certos pontos essenciais para aqueles que não tiveram o prazer de jogar Assassin’s Creed. Um deles é a forma que o escritor narra o treinamento de Ezio. Ele basicamente é o tutorial dos jogos. Isso, acredito, é algo um tanto enfadonho para os leitores; que sempre esperam algo mais detalhado, além do que, um dos grandes trunfos da série é a forma como os personagens se movimentam, usando técnicas do Le Parkour (algo que torna a ação muito mais bacana e divertida).

     Outro sério problema é a forma como Bowden descreve os personagens (tanto na forma física quanto em sua personalidade) e as características das cidades italianas. Econômico e direto, encontramos problemas para enxergar o personagem. Não acho que essa seja a forma de escrita do autor, mas sim um problema de generalização. Com certeza esperavam que apenas o público que acompanha Assassin’s Creed fosse comprar o livro. No entanto, é essencial dar esses detalhes, já que, não está contando apenas uma aventura e sim uma História. Os detalhes são importantes para todos os leitores.

     E no fim Bowden omiti algo que é crucial para toda a série. É ponto critico para toda a história de Assassin’s Creed o que o autor esconde e, apesar de achar que ele não precisa se prender totalmente a história, é necessário fidelidade e respeito quanto a alguns fatos.



SPOILER NOS PRÓXIMOS PARÁGRAFOS



     Infelizmente, a entidade Minerva, antiga deusa romana, não cita o nome de Desmond Miles para Ezio. Desmond é um jovem assassino da atualidade que é sequestrado pelos Templários para que estes possam encontrar a Maçã, um dos Pedaços do Éden; um artefato capaz de controlar a vontade das pessoas. Objeto essencial para que os Templários possam controlar todo o mundo.

     Ezio é um dos antepassados de Desmond, e por meio da máquina Animus, Desmond é capaz de vivenciar toda a história de seu antepassado italiano.

     Por meio de Ezio, a entidade Minerva passa uma mensagem de urgência a Desmond: uma forma para salvar o planeta de um evento cataclísmico que devastaria o nosso mundo. Alguns com certeza não ligariam para o fato desta omissão; no entanto é algo importantíssimo para a história, já que Ezio passa a se perguntar quem é Desmond e passa a fazer muitos outros questionamentos; e que levam a acontecimentos e ações futuras do assassino italiano.

     Espero sinceramente que o autor consiga arranjar uma forma de conectar as histórias desses dois personagens; já que Ezio, no jogo Assassin’s Creed Revelations, vê a figura de Desmond em um holograma feito por essas entidades.



FIM DO SPOILER
  


     No fim, vejo Assassin’s Creed: Renascença como um livro bom e interessante. Para aqueles que curtem, como eu, a saga de Ezio e da Irmandade dos Assassinos, esse é um livro divertidíssimo e que traz complementos bacanas para os jogos, no entanto ele sofre com alguns problemas que acabam tornando-o um livro mediano.


     Espero que tenham curtido este especial super bacana. E logo abaixo está um vídeo com uma música do jogo Assassin's Creed 2. Curtam essa excelente música.

     Até o próximo post.





( Assassin's Creed e Ubisoft são marcas registradas da Ubisoft Entertainment nos EUA e em outros países.  Todos os Direitos Reservados. )

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