Livro "Assassin's Creed: Renascença" |
“Vou buscar vingança sobre todos aqueles que traíram minha
família. Eu sou Ezio Auditore de Florença. Eu sou um Assassino...”
Assassin’s Creed:
Renascença é o primeiro livro adaptado da série de jogos Assassin’s Creed,
feito pelas mãos de Oliver Bowden (escritor e historiador Renascentista). Com
certeza um ato corajoso e ousado; pois sempre é um desafio passar algo de uma mídia
(neste caso os videogames) para outra completamente diferente (os livros). É
sem duvida um trabalho complicado passar as informações apresentadas no
jogo, que se utiliza de recursos audiovisuais para inserir o jogador na ambientação
da Itália Renascentista. Descrever locais, personalidades e acontecimentos é
algo necessário para se conquistar os leitores.
Seguimos a vida e
história de Ezio Auditore, jovem nobre de Florença e seguimos os acontecimentos
ocorridos durante o segundo jogo da série. Após ver seu pai e seus irmãos sendo
enforcados, acusados de traição, Ezio embarca numa jornada de vingança contra
aqueles que os traíram. Logo ele descobre que tudo na realidade era uma grande
conspiração dos temíveis Templários, inimigos eternos dos Assassinos; uma ordem
antiga de protetores da liberdade. Ordem essa que seu pai e seu irmão mais
velho pertenciam.
Com a ajuda de
seu tio Mário e figuras importantes como Lorenzo de Médici, Leonardo da Vinci e
Nicolau Maquiavel, o jovem Assassino vai usar toda sua pericia, habilidade,
força e dedicação para lutar contra todos os tiranos opressores da Itália; para
então enfrentar o arquiteto de toda a conspiração feita para matar sua família:
Rodrigo Bórgia, O Espanhol; líder da Ordem dos Templários, mais tarde conhecido
como Papa Alexandre VI.
O livro me
agradou bastante como jogador da série Assassin’s Creed. Ele nos coloca a par
dos acontecimentos políticos da Itália Renascentista de forma muito
interessante e boa, apesar de não tão profunda. Alguns acontecimentos são bem
fiéis ao jogo e, apesar de ser claro a inexperiência de Bowden, ele consegue mostrar
a evolução do personagem principal de forma crescente e muito boa. É sempre um
prazer quando Ezio vai ao encontro do grande inventor Leonardo da Vinci; e
esperar para ver com qual nova arma ele será presenteado.
O bom é que esse
livro não se prende inteiramente ao jogo, pois apresenta fatos interessantes;
como, por exemplo, a homossexualidade de da Vinci; controvérsias da família
Médici além de muitas outras coisas.
No entanto o
livro peca em certos pontos essenciais para aqueles que não tiveram o prazer de
jogar Assassin’s Creed. Um deles é a forma que o escritor narra o treinamento
de Ezio. Ele basicamente é o tutorial dos jogos. Isso, acredito, é algo um
tanto enfadonho para os leitores; que sempre esperam algo mais detalhado, além
do que, um dos grandes trunfos da série é a forma como os personagens se
movimentam, usando técnicas do Le Parkour
(algo que torna a ação muito mais bacana e divertida).
Outro sério problema é a forma como Bowden descreve
os personagens (tanto na forma física quanto em sua personalidade) e as características
das cidades italianas. Econômico e direto, encontramos problemas para enxergar
o personagem. Não acho que essa seja a forma de escrita do autor, mas sim um
problema de generalização. Com certeza esperavam que apenas o público que
acompanha Assassin’s Creed fosse comprar o livro. No entanto, é essencial dar
esses detalhes, já que, não está contando apenas uma aventura e sim uma
História. Os detalhes são importantes para todos os leitores.
E no fim Bowden
omiti algo que é crucial para toda a série. É ponto critico para toda a
história de Assassin’s Creed o que o autor esconde e, apesar de achar que ele
não precisa se prender totalmente a história, é necessário fidelidade e respeito
quanto a alguns fatos.
SPOILER NOS PRÓXIMOS PARÁGRAFOS
Infelizmente, a
entidade Minerva, antiga deusa romana, não cita o nome de Desmond Miles para
Ezio. Desmond é um jovem assassino da atualidade que é sequestrado pelos
Templários para que estes possam encontrar a Maçã, um dos Pedaços do Éden; um artefato
capaz de controlar a vontade das pessoas. Objeto essencial para que os
Templários possam controlar todo o mundo.
Ezio é um dos
antepassados de Desmond, e por meio da máquina Animus, Desmond é capaz de
vivenciar toda a história de seu antepassado italiano.
Por meio de Ezio,
a entidade Minerva passa uma mensagem de urgência a Desmond: uma forma para
salvar o planeta de um evento cataclísmico que devastaria o nosso mundo. Alguns
com certeza não ligariam para o fato desta omissão; no entanto é algo importantíssimo
para a história, já que Ezio passa a se perguntar quem é Desmond e passa a
fazer muitos outros questionamentos; e que levam a acontecimentos e ações
futuras do assassino italiano.
Espero
sinceramente que o autor consiga arranjar uma forma de conectar as histórias
desses dois personagens; já que Ezio, no jogo Assassin’s Creed Revelations, vê
a figura de Desmond em um holograma feito por essas entidades.
FIM DO SPOILER
No fim, vejo
Assassin’s Creed: Renascença como um livro bom e interessante. Para aqueles que
curtem, como eu, a saga de Ezio e da Irmandade dos Assassinos, esse é um livro divertidíssimo
e que traz complementos bacanas para os jogos, no entanto ele sofre com alguns
problemas que acabam tornando-o um livro mediano.
Espero que tenham
curtido este especial super bacana. E logo abaixo está um vídeo com uma música do jogo Assassin's Creed 2. Curtam essa excelente música.
Até o próximo post.
( Assassin's Creed e Ubisoft são marcas registradas da Ubisoft Entertainment nos EUA e em outros países. Todos os Direitos Reservados. )
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